segunda-feira, 29 de março de 2010

Trivial Básico

Pessoal, divulgando um artigo do grande amigo e sócio Augusto Uchoa que escreve o que ele pensa no blog http://marketingcomfritas.blogspot.com/

Este artigo é parte de uma vida mais básica que adotei há alguns anos. Não é regra, foi algo inventado que vem dando certo comigo e talvez possa dar certo com você, simples assim. Falar sobre ser básico é complicado, apesar de parecer que não, e muito pessoal. Começou da seguinte forma: trabalhava no Ibmec como coordenador executivo, era subordinado de um gerente que depois virou meu amigo, o Jorge Cataldo. Eu sempre levava mochila, grande e pesada, e ele chegava na empresa com uma carteira no bolso e um Black Berry na mão. Dizia que não precisava de mais nada, que tudo que precisava estava na empresa, no Smartfone e na cabeça (perfeito!). Depois de algumas semanas aderi ao Black Berry, mas a mochila continuava como uma extensão do meu corpo parecia uma tartaruga carregando um casco com coisas que nem utilizava. Na bolsa tinham papéis, artigos e livros que iria ler, tinha remédio que poderia precisar, tinha carregador de celular... Tudo inútil, tudo para me enganar, tudo para transmitir uma falsa segurança para alguém não utilizaria 1/3 do que estava ali. Este exemplo é bobo, mas juro que foi fundamental, após isto comecei a fazer uma revolução no meu modelo de vida, analisei o que é útil mesmo, então mudei profissionalmente e pessoalmente (por conta disto escrevo este post).



A mochila pesada não existia mais, as coisas que “talvez” precisasse estaria na minha gaveta, a carteira ficou magrinha, não tinha os vários cartões inúteis e os documentos usados esporadicamente, em seguida foram as roupas, as antigas foram doadas para orfanatos, em seguida livros, cada um novo comprado eu doava dois, até meu carro eu vendi. Para que ter uma picape morando no Leblon como estado civil solteiro? Coloquei no Excel os custos de IPVA, seguro e gasolina, cheguei a conclusão de que o taxi seria bem mais em pratico e econômico.... Comprei uma scooter, virei “pós-moderno” (risos), hoje consigo me locomover sem perder o charme.


Estes pequenos detalhes, entre outros que não contemplam o titulo (você não precisa acreditar) geraram grandes mudanças na minha vida. A alma ficou mais leve, os ciclos aconteceram normalmente a energia não ficou acumulada, a vida ficou mais trivial e básica, o que tenho de melhor é quem sou, o que penso, o que me motiva e onde quero estar, o restante é secundário, como sempre deveria ter sido.


Não proponho que se transforme em hippie nem que siga o que adotei. Se você tem filhos e precisa de um carro grande, compre-o, se gosta do seu barco, usufrua do seu prazer, suas metas, ambições e sonhos continuarão os mesmos. O que quero propor é que movimente sua energia, se livrando do que te prende, dos pensamentos velhos, das idéias pré-concebidas por não sei quem nem por que. Uma vez por ano não jogamos fora o lixo das nossas gavetas, e os lixos da nossa cabeça, costumamos fazer o mesmo? Que tal olhar para cada item que acumula poeira nos seus neurônios. Um autor americano chamado James Dale, sugere que olhe para cada razão que se mantém no caminho da sua realização e pergunte para si mesmo qual é a utilidade daquele item/razão, se um dia serviu para algo e se vale a pena guardar. Se for inútil use o CTRL + ALT + DEL. Você ficara surpreso das respostas inovadoras que vai encontrar.

Dizem que nossa mente é seletiva, com o tempo temos tendência a esquecer as coisas ruins e lembrar somente das boas, isto é ótimo, nos mostra que naturalmente que somos básicos e leves, então porque não conseguimos manter este status natural? Ser básico nos transforma em admiradores das coisas belas e simples da vida, nos fazer ser menos “o que” e mais “como”, enxergamos de forma diferente o “caminho” tiramos o valor excessivo do “fim”.


No mundo dos negócios não é diferente. O mesmo autor da um exemplo bacana. Durante anos associavam os altos postos as roupas formais usadas, roupa era sinônimo de sucesso, até algum cara inventar a sexta informal, o Casual Day, roupas adequadas e mais relaxadas. Alguns acreditavam que a produtividade diminuiria, pelo contrário, aumentou. Os clientes não ficaram chateados, ofendidos ou algo assim, simplesmente aceitaram a tendência, enfim abandonaram os ternos e as armaduras. Então entenderam que ser simples pode ser financeiramente fundamental, então criaram horários flexíveis, home-office, incentivo aos esportes, horários para as prioridades particulares, trabalhos por metas e Jobs e menos “bunda-hora” de cadeira. Todas as que citei contrariavam as regras antigas. Bastou criar espaço mental e limpar a mente. O que se leva desta vida é a vida que se leva.

sábado, 27 de março de 2010

Prêmio Best Innovator



Debates acalorados sobre inovação tem como objetivo desenvolver o Brasil e apresentar o país como uma região importante de negócios. Neste contexto, quanto melhores os resultados das empresas, mais cedo o país será mais competitivo. O prêmio Best Innovator possibilita um vasto conjunto de insights e descobertas e se torna, mundialmente, um benchmark anual em gestão da inovação. 


Após a entrega da premiação, as empresas finalistas receberão um feedback personalizado baseado no questionário que elas devem preencher no site, http://venha.ca/Ci. Durante o evento final, elas terão a oportunidade de apresentar as suas melhores práticas e receber prêmios oficiais. 


Você e sua empresa podem registrar-se online, mas se preferir um convite pessoal de antemão, entre em contato conosco através de 
"Contatos & Prazos" e você receberá as informações no tempo devido.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Entrepreneur of 2010 Award

Já estão abertas as inscrições para o prêmio, Empreendedor de 2010 da revista Entrepreneur Magazine.
Os vencedores do ano passado, inovaram de fones de ouvidos a uma grama mais verde. Diga o que você está fazendo para causar um impacto - na sua indústria, para seus funcionários e em sua comunidade - e você pode ser o Empreendedor de 2010. Faça a sua inscrição até 15 de junho de 2010 no site http://www.entrepreneur.com/e2010/eoy.php

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dica para conversar com um Venture Capitalists: "don't waste time"

O tempo é precioso quando você está diante de um potencial investidor para a sua startup. Não o gaste o tempo com coisas que o VC já está convencido, tais como:

  • Crenças comuns, tais como "daqui a 5 anos as pessoas vão fazer mais downloads em dispositivos móveis do que hoje". Você pode colocar essa informação em um slide ou gastar 15 minutos mostrando todas as possíveis pesquisas que comprovam essa afirmação.
  • Crenças específicas do investidor: Se em outra ocasião um VC lhe disse que acredita que a tendência para a indústria de software é o cloud computing, não perca tempo em tentar convencer a platéia do mesmo assunto em uma apresentação.
No mais, prepare-se, treine para na hora H você dar um show!.

Menos é mais


Em algum momento compramos a ideia que devemos buscar ter mais de tudo. Do número de hobbies ao de empresas, buscamos crescer tudo. Que é melhor ter mil funcinários que dez, três carros que um, estar no maior número possível de redes sociais e ter o máximo de seguidores no tweeter possível.
Se você mede sua vida pelo número de e-mails, reuniões, projetos e noites sem dormir devido ao volume anormal de coisas que tem para fazer, tenho só três palavras para compartilhar com você: MENOS É MELHOR.
Na vida empreendedora, tenha uma grande visão, mas saiba fazer com menos. Quanto menos precisar de capital de terceiros, mais liberdade terá.
Fazer é um desafio. Fazer com menos, divino. Cultue o menos e verá que nada faltará.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Qual é a relação entre criatividade e a nossa habilidade em fazer perguntas?

Antes de responder (eu vou responder, claro) preciso definir o que significa criatividade, para que a resposta tenha sentido. Para não dizerem que os textos que escrevo são muito irreverentes, diferentes, o qualquer adjetivo que não vem ao caso citar aqui, vou pegar uma definição do Wikipédia, “Existem várias definições diferentes para criatividade. Para Ghiselin (1952), "é o processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução na organização da vida subjetiva". Segundo Flieger (1978), "manipulamos símbolos ou objetos externos para produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio". Hummm, não ajudou muito, mas vamos lá, eu humildemente defino a criatividade como um processo simples de associação de idéias que vem em conseqüência da observação do meio em que vivemos e conseguimos identificar e pensar em soluções para os problemas do dia-a-dia. Resumindo, criatividade é o ato de pensar diferente, ou o bom e velho Think out of the Box.
Então, voltando à pergunta do título desse artigo, minha resposta? Total, tudo a ver,  o processo criativo é muito simples e fácil, depende diretamente da nossa capacidade de fazer novas associações, não bloquear idéias, não ter preconceitos, tudo está diretamente associado a uma certa ingenuidade em questionar porque não, ao invés de porque. Na escola sempre somos ensinados a ter as respostas, as provas discursivas eram traumáticas, porque havia uma competição velada pela quantidade de linhas que tínhamos que escrever, mas raramente éramos forçados a fazer perguntas, me lembro de um ou outro exercício na aula de inglês que tinha a resposta e pensávamos na pergunta. Porém com o tempo concluímos que são as melhores perguntas que nos dão as melhores respostas, parte-se do princípio de que quem pergunta, conhece melhor. Perguntar é uma arte, um exercício do cotidiano que nos leva a resultados que esperamos, ou não (como diria Caetano). E como tal, acredito que pode ser aprendido, desenvolvido.
Durante algum tempo trabalhei com palestras e treinamentos para o varejo e parte do treinamento era dedicado ao ato de perguntar, ensinar ao vendedor, ao gerente, ao supervisor que ao invés de fazer perguntas fechadas que tivessem como resposta somente sim ou não, eles deveriam fazer perguntas abertas nas quais as respostas são mais completas e provém mais informação.
Sempre falamos tanto de gerenciamento, de negociação e qualidade, precisamos usar essas habilidade a nosso favor. Ou seja, é fazer uma negociação com o nosso autogerente, e com muita disciplina determinarmos um tempo diário para nossa digestão mental. Usar a nosso favor as habilidades que adquirimos, ao longo da nossa experiência de vida. A falta disto, sempre com o tempo, nos levará a uma engessamento mental, que tem como conseqüência direta, a confusão de idéias, a diminuição da criatividade, o estresse negativo, que é o caminho descendente da qualquer carreira.
Sucesso e estresse caminham em direções opostas. Aliás, o estresse negativo está na contramão da vida.
Você já fez terapia ? Você sabe por que as pessoas fazem terapia? Você sabe por que muitas pessoas dizem que não precisam de terapia? Se você nunca fez terapia, ou se já fez, ou se está fazendo, esta reflexão é válida para todos: o terapeuta não lhe dá as respostas que você procura, mas as perguntas que você precisa. O terapeuta não é um conselheiro. O bom terapeuta é um bom perguntador. Perguntas bem orientadas levam você a ter insights , a ter catarses, a vislumbrar a tal luz no fim do túnel. Mas perceba o que escrevi “perguntas bem orientadas”, isso significa que você, gestor de uma equipe, precisa “ensinar” a sua equipe a desenvolver a habilidade de perguntas, exercícios simples no dia-a-dia ajudam, treine perguntas abertas invista um tempo nessa parte que cabe a qualquer gestor que é desenvolver a sua equipe, e isso vale para qualquer área da empresa, ou qualquer segmento de mercado, lembre-se que se você não está conseguindo os melhores resultados da sua equipe, pode ser porque as perguntas que você está fazendo são óbvias demais.
Sucesso

quinta-feira, 18 de março de 2010

Marketing de Relacionamento - Parte 1


O mundo corporativo gosta desta palavra e eu do tema. Todos querem se relacionar, tanto pessoas quanto empresas, é a moda do momento, todos os MBAs falam disto, empresários idem, revistas de evangelização dos negócios explicam o passo a passo (risos). Clientes querem saber o que eu ganho com este papo e empresários também basicamente porque não conseguem perceber os resultados em curto prazo, até porque, financeiramente, provavelmente não haverá mesmo.
Vou tentar escrever este artigo sem me prolongar, ou melhor, dividirei em partes, tamanha necessidade de analisarmos este tema de grande importância. Bom, mas vou tentar deixar claro alguns assuntos sobre o tema:
1 – Programas de retenção são mais velhos que minha avó, o tema/modismo só ganhou força no Brasil nos 5 últimos anos.
2 - Programas de relacionamento ou retenção só existem quando envolve ganho (benefícios) aos clientes, sem esta percepção, é a mesma coisa que marcar com carimbos almoço em restaurante para trocar após 10 refeições.
3 – Nem todos os clientes são suscetíveis a relacionamento. O cliente Smiles Diamante da falecida VARIG eram os que mais viajavam depois dos pilotos e comissários. Este cara não pode ser comparado a mim (nem a vc) que costuma comprar antecipado para ter desconto. Analisando neste prisma, quem tem mais valor para empresa? Eles ou eu?
4 – Relacionamento é sempre ganha-ganha, eu me relaciono com quem me interesso (como na vida pessoal), simples assim.
Você amigo empresário, que pensa em fazer mkt de relacionamento com os clientes ou que já faz porque a concorrência vem fazendo, e não sabe muito bem o pq disto tudo. O autor Boogmann, afirma que no contexto empresarial, cliente fiel é aquele que está envolvido, presente; aquele que não muda de fornecedor, e mantém o consumo freqüente, optando por uma organização em particular, sempre que necessita de um determinado produto ou similar. Na minha humilde opinião somente o fato de “blindar o cliente” da concorrência já deve ser um ótimo motivo. Isto também deve ser lido como economia de grana que vc provavelmente iria “queimar” em campanhas para prospecção de clientes potenciais. Este contexto merece ainda mais destaque, Porque a maioria dos empresários insiste em “pescar/prospectar” em vez de engordar o “peixe/cliente” que já esta no seu aquário/empresa? O mais engraçado é que alguns acreditam que clientes são fonte inesgotável, que podem perder 200 que logo surgirão 1000, ledo engano. Para quem pensa assim, outro recado, hoje, na economia global, até trafico de drogas tem concorrência. A qualquer momento o mercado pode mudar, seu segmento diversificar.
Não fique surpreso se seus clientes começarem a minguar a cada nova campanha. James Teboul, professor do Ensead/França já dizia que a fuga se seus clientes é proporcional ao tamanho do furo do seu balde, ou erros que sua empresa comete. Então por que os empresários não procuram saber mais sobre o tamanho dos furos? Acho que é mais cômodo captar novos clientes. Deve ser porque tapar buracos não aparecem nas metas de vendas. Então por que não rever as metas, pensar em metas de retenção, em incentivo a comunicação de insatisfações dos clientes. Sabemos que apenas um ou dois “fregueses” em cada 20 reclamam. Então porque não aproveitar esta “consultoria gratuita” para rever seu modelo de negocio ou até criar/aprimorar novos produtos e serviços.
O que vejo hoje no mercado. Muita teoria, muito interesse, pouca pratica. Empresas falam de relacionamento e possuem um RH obsoleto, buscam reter sem oferecer qualidade, criam ações sem saber motivos e metas, acham que promoção significa adesão, criam e não perguntam o que os clientes querem que seja criado. Não pense que sou pessimista, que aponto o que não está certo. Bom, se não apontarmos como saberemos onde erramos? Mas vejo luz no fim do túnel. Percebo um movimento de jovens empresários querendo entender este papo de relacionamento, de entender que em gestão nem sempre o discurso é azul ou vermelho nas contas no fim do mês, de perceber que relacionar significa se fortalecer para a batalha da sobrevivência corporativa. Pessoas cansadas por não endossarem a ausência de cultura de certas empresas que não se relacionam, então, os profissionais que não se adéquam ao ambiente corporativo que fazem parte, se mudam, simples assim (tomam a RED PILL do Matrix), e melhor, aprendem em grandes empresas como NÃO se deve fazer e montam seus próprios negócios, muitas vezes no mesmo segmento, para concorrer com as próprias empresas. Fantástico, não?
O mundo esta mudando, os relacionamentos entre empresas e pessoas também.
Continua....

sexta-feira, 12 de março de 2010

Se eu fosse Chefe....

desafiosebraeO que você faria se fosse chefe? Esse é o tema de uma campanha muito bacana, lançada pelo Desafio Sebrae 2010 (inscrições aqui até o dia 15 de abril). A ação #SeEuFosseChefe é assinada pela ID/TWA conta com a colaboração de usuários do Twitter e do Facebook, que utilizam as redes sociais para responder o que fariam caso estivessem sentados na cadeira da presidência. Além disso, foi desenvolvido um aplicativo bastante divertido para o Facebook, que oferece uma simulação na qual você é o presidente de uma empresa e coordena seus amigos.

Ventureneer: rede empreendedora

venture
Ventureneer é uma rede voltada para empreendedores do mundo inteiro, que tem como objetivo principal disseminar educação e conhecimento sobre negócios. Trata-se de um site sem fins lucrativos, que oferece cursos, webinários e e-books gratuitos para usuários de diversos perfis de empresas, que podem utilizar o espaço para compartilhar conteúdo com a comunidade. Entre o material encontrado por lá, dá para garimpar muita coisa boa sobre assuntos como marketing, plano de negócios e finanças. Uma boa dica para arejar suas referências.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O Mundo é Feito de Gênios e Idiotas

Se quisermos saber quantos são, é impossível. Não dá pra contar. Mas se fosse possível teríamos um gráfico do tipo curva de Gauss, que mostra que no mundo existem poucos gênios, e poucos idiotas. A maioria das pessoas – bilhões e bilhões – está no meio, entre gênios e idiotas. E quem estuda esse fenômeno diz que é esse povo que mantém o equilíbrio da humanidade. São eles que não deixam os gênios acabar com a humanidade em um mês e os idiotas acabar com a humanidade em dois dias. Eles mantém o mundo em equilíbrio. São as pessoas que usam o bom senso. Que atuam conforme as regras. Que buscam o consenso. São as pessoas medíocres! Porque medíocre é tudo aquilo que está no meio. Não é bom nem ruim, só é mediano. Há uma definição para o homem medíocre: “O homem medíocre é, por essência, imitativo e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, refletindo as rotinas, preconceitos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade”, quem escreveu isso foi o italiano José Ingenieros em seu livro O Homem Medíocre.

Sendo pragmático, o homem medíocre é, por essência, imitativo (faz o que todo mundo faz) e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho (onde vão os outros eu vou atrás), refletindo as rotinas, preconceitos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade (são muito úteis pois podem ser domesticados para comer o que a gente quiser. Vestir o que a gente quiser. Ler o que a gente quiser. Ouvir o que a gente quiser. Eleger quem a gente quiser...). E no entanto dependemos deles para que a humanidade continue em equilíbrio, que contra-senso. Vamos fazer uma reflexão, identifique no seu grupo de amigos, colegas de trabalho, amigos da pelada, amigas do clube, da praia, todas as pessoas que de alguma forma pertencem ao seu dia-a-dia, o porteiro do seu prédio, o carteiro, o taxista, seu vizinho, se fosse possível agrupar os quase 200 milhões de brasileiros, aonde quantos % você classificaria como gênios, ou como idiotas, provavelmente pouco, é então que começamos a ter uma idéia do tamanho de nosso problema. Afinal, num país onde os indicadores mostram que 75% dos habitantes são analfabetos funcionais, onde mais de 77 milhões de pessoas são não leitores, era de se esperar o quê? De forma bem simples faça uma reflexão, Qual é o tamanho desse problema? O que você pode fazer para mudar esse quadro?


Aí surge outro problema (nossa esse artigo está ficando chato, mas vai melhorar, não pára não) quem é que tem tempo hoje em dia para refletir sobre essas questões? Estamos ocupados demais trabalhando, repetindo mecanicamente os scripts. Não dá tempo de refletir… Das reflexões dependem nossas análises. A partir das análises e comparações, faremos nossos julgamentos. E do julgamento sairão nossas decisões. Nossas escolhas. Um repertório fraco acompanhado de pouca ou nenhuma reflexão nos leva a análises incompletas e superficiais, a julgamentos falhos e escolhas erradas. E se você reparou, isto é um ciclo. Uma espiral decrescente, que apenas vai piorar a situação… o resultado?


Mais e mais pessoas tem acesso à informação mas isso não é garantia de nada quando não se tem repertório para dar um sentido à realidade, quando não há opinião para ser formada, olha os analfabetos funcionais aí... Como conseqüência disso há um mal que acomete gente inteligente. Afinal, como é que se explica quando pessoas inteligentes reúnem-se para tomar decisões estúpidas? Isso é familiar a vocês? Já viram acontecer? Vêem todo dia? Vou dizer uma coisa a vocês: a maioria dos idiotas que eu conheço tem diplomas universitários, são doutores e MBAs! Que reúnem-se para fazer cagadas. Afinal, alguém já disse que… nenhum de nós é tão burro quanto a soma de todos nós. A questão é: como estamos enriquecendo nosso repertório? Com educação formal e informal, com experiências, a partir de exemplos, buscando informações. E é quando surge um elemento crucial: a mídia. 


Os processos pelos quais a informação nos chegam. Jornais, revistas, cinema, internet, televisão, propaganda… Não vou ficar aqui emitindo opiniões pessoais sobre determinados programas ou canais, você já sabe, o que proponho é uma reflexão sobre o nosso poder em filtrar o que recebemos, como o lixo eletrônico do nosso e-mail, definir o que eu recebo e o que não, em um livro que li chamado “A Economia da Atenção” do Thomas H. Davenport ele identifica uma doença da era da informação, a SDA (Síndrome da Deficiência da Atenção), que faz com que as pessoas fiquem doentes por não conseguirem absorver toda a informação disponível, é fato isso e às vezes sinto isso, fico me cobrando por não ter lido o livro tal, a revista, o artigo, enfim, ninguém faz isso, mas o resultado é uma cobrança, às vezes sem sentido.


A proposta, para você empresário, líder de uma equipe, seja um desenvolvedor de pessoas, encontre as habilidades, o que motiva sua equipe e trabalhe isso, e quem sabe você consegue salvar os medíocres e mantê-los em um nível de excelência que promova os resultados esperados.

terça-feira, 2 de março de 2010

Brasileira é finalista de prêmio mundial de empreendedorismo





Fonte: Agência Sebrae de Notícias Empresária de Três Pontas, no Sul de Minas, fica entre as 10 mulheres indicadas por diversos países ao Empretec Women in Business Award 2010 
Responsabilidade sócio-ambiental e criação de um produto inovador. Com estas duas características básicas, Vanessa de Figueiredo Vilela Araújo criou a Kapeh, marca de cosméticos feitos à base de extrato de café certificado.
O modelo de gestão adotado se mostrou tão eficiente que, com menos de três anos no mercado, a empresa, com sede em Três Pontas, município que é o maior produtor de café do País, localizado ao Sul de Minas Gerais, possui mais de 180 pontos de venda no Brasil, exporta para países como Portugal e Holanda e se prepara expandir os negócios para outros países da Comunidade Européia, África, Oriente Médio e América Latina.
Pela trajetória vitoriosa, a empresária vai representar o Brasil na etapa final da segunda edição do prêmio Empretec Women in Business Award 2010, conferido pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Comércio (Unctad).
As dez finalistas internacionais foram selecionadas entre 37 candidatas de 18 países e a escolha do melhor caso de sucesso de empreendedorismo feminino nos países em desenvolvimento acontecerá entre os dias 26 e 30 de abril em Genebra, na Suíça.
“Foi uma surpresa enorme e uma conquista e tanto ter vencido a etapa brasileira. Para mim, já significa, sobretudo, o reconhecimento do trabalho e a certeza de que estamos no caminho certo”, comemora a empresária.
A Kapeh, nome inspirado no dialeto Maia que significa café, comercializa atualmente uma linha de 33 itens entre hidratantes, sabonetes, óleo de banho, shampus, condicionadores, shower gel, colônia e spray para ambientes, resultado de pesquisa e inovação constantes.
À frente da empresa, Vanessa, também farmacêutica e bioquímica, optou pela terceirização da produção e contratação de consultores em áreas estratégicas, como marketing e comércio exterior, o que resultou em uma estrutura de oito empregos diretos e 50 indiretos.
A empresária conquistou a indicação concorrendo com candidatas que participaram do Empretec indicadas por todas as unidades estaduais do Sebrae. O Empretec é um programa de motivação e formação destinado a promover o empreendedorismo está presente em 32 países e no Brasil é coordenado pelo Sebrae.
“Isso nos enche de orgulho e só confirma o acerto da estratégia de levar este programa a um número cada vez maior de pessoas. Nossa meta este ano é dobrar o atendimento, alcançando 26 mil pessoas”, dia a coordenadora do Empretec no Sebrae, Carla Virgínia Rosal Lima Costa.
“Devo toda a base de gestão da minha empresa ao Empretec, que lapidou o meu espírito empreendedor”, reconhece Vanessa Vilela.