quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

GESTÃO DO CAOS

Em seu recente artigo intitulado Alerta Vermelho Permanente publicado edição da revista HSM Management de Julho de 2009) Philip Kotler afirma “Agora as empresas precisam ter um conjunto semipronto de respostas para surpresas, choques e oportunidades.”

Somente essa afirmação já seria suficiente para percebermos que nada mais será como antes, verdade ou não, fato é que essa crise apresentou algumas situações que impressionaram, uma delas foi a velocidade e força com que as empresas sofreram os impactos dessa crise, não se trata de uma crise boazinha, que vem devagar, do tipo o gato subiu no telhado, foi mais para uma crise do tipo monstro da tasmânia, arrebatadora e destruidora. Desastres a parte, quem está sobrevivendo percebe que uma palavra está constante, desconfiança.

Essa crise me lembra uma explicação da Teoria do Caos, uma pequena variação nas condições em determinado ponto de um sistema dinâmico pode ter consequências de proporções inimagináveis. "O bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um furacão em Nova Iorque." Uma pergunta que me vem à cabeça é, quando essa borboleta começou a bater a asa? Talvez no afã de identificar uma causa, apoiado em outra teoria, a de Causa e Efeito, que diz o seguinte "Nenhum efeito é quantitativamente maior e/ou qualitativamente superior à causa", complementando com uma visão minha, como tudo está conectado, a verdade então é que nós provocamos, em algum momento da história essa conseqüência avassaladora.

Filosofias a parte o artigo sugere algumas reflexões interessantes, vamos a elas:

“Companhias mundiais hoje operam 24 horas, sete dias por semana, e o CEO simplesmente precisa estar disponível”.

O curioso nesse caso é a questão da disponibilidade, isso me lembra um conceito bem batido sobre liderança, que é o seguinte, imagine que na sua empresa a liderança é representada por uma cadeira que nunca fica vazia, se você, líder, não está sentado nela, exercendo sua função, então alguém está sentado nela e liderando em seu lugar.... o que nos faz pensar o seguinte há uma certa acomodação quando se lidera.

“Fenômenos como globalização e digitalização introduziram uma nova dimensão de velocidade e interdependência em nossas vidas. Não há retorno possível.”

Infelizmente, essa notícia não é boa, mas também não é nenhuma grande novidade, pois já não é de hoje que não é a mudança que mais impressiona, mas sim a velocidade com que ela acontece, e essa velocidade não é linear, ou seja depende do mercado em que você atua, ou seja depende que você conheça bem que mercado é esse, depende de como você lida com os processos de inovação, depende de como você contrata, depende do seu modelo de gestão, é.... não para por aí, mas isso é assunto para outro artigo.

E pra finalizar mais uma reflexão

“Em vez de falar superficialmente sobre planejamento para contingências, as empresas devem fazer planejamento de cenários. Em vez de estabelecer um orçamento fixo para cada departamento, devem definir orçamento variável. Os departamentos precisam saber com antecedência o que cortar se o mercado submergir e o que aumentar se as oportunidades de repente explodirem.”

Nessa eu vou recorrer à Terceira Lei de Newton, "Para cada ação há sempre uma reação, oposta e de mesma intensidade."

Um abraço a todos e até o próximo artigo

Leo Filardi

Posted via email from leofilardi's posterous

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